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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Por que jogar RPGs?

Não raro se ouve comentários como que os games RPG são chatos, demorados e exigem conhecimento avançado do inglês. Alguns até preferem separar os games da classe RPG, estes que entram na dialética freudiana: ou se ama ou se odeia. Mas qual será o mistério por detrás desta ambiguidade?


Na verdade RPG (Role Playing Game) é originalmente um jogo de tabuleiro lançado em 1974. Neste jogo não há uma disputa, os jogadores interpretam seus papeis no jogo e mudam o rumo da história dentro de uma regra determinada pelo narrador. As possibilidades são infinitas e as interações sociais fazem valer horas a fio para conclusão do jogo. É uma pena que com o mundo cada vez mais efêmero e imediatista está cada dia mais difícil reunir um bom número de amigos para horas de aventuras imaginadas.
 RPG de mesa
Os japoneses decidiram transportar para os games a ideia do RPG (na verdade CRPG – Computer Role Playing Game), em 1986 estourou o sucesso Dragon Quest para nitendinho e começou a febre sobretudo com a chegada de Final Fantasy. Nestes games, ao contrário do tabuleiro, apesar de haver muitos diálogos, as decisões do jogador não tornam a história imprevisível; mas suas decisões tornam a jogabilidade imprevisível. O fator sorte (LUCK), as decisões de adquirir ou não mais experiência (EXP). O CRPG torna a jogatina pessoal, seu jogo é mais fácil ou mais difícil a depender de suas escolhas. Você está no comando: O sucesso do CRPG está em transportar, apenas em parte é verdade, a magia dos clássicos RPGs para a tela.

Dragon Quest

Interessante é que o RPG (clássico) nasceu nos EUA mas os americanos não compraram muito a ideia que foi abraçada em massa pelos japoneses com seus JRPGs (CRPG japonês). Talvez porque o estilo de vida americano é mais imediatista e prático enquanto os nipônicos dão um valor maior ao sentimento e a subjetividade: isto pode ser visto comparando os animes às animações ianques, entre um Final Fantasy e um God of War... A questão é entre a escolha mais profunda ou a escolha mais objetiva.
FInal Fantasy 12

O fato é que estamos passando por uma crise criativa no mundo das artes em geral e não é diferente nos games. Talvez chegue uma hora em que a pancadaria dos Beat Ups parem de transmitir alguma emoção, os tiros talvez parem de entusiasmar. Então talvez se tenha que recorrer ao jogo personalizável que nunca será igual não importa quantas vezes se jogue (ainda que “chatos e demorados”). Então talvez se tenha que, como dizia o poeta, “cair nos pés do vencedor para ser um serviçal de um Samurai” e se render ao encanto de um bom JRPG.

God of War
Jogo linear - Não RPG


E você, já finalizou algum JRPG?


De David Brasil: psicólogo e apaixonado pela arte em pixels
arenadecimaarte@gmail.com

2 comentários:

  1. Tá louco cara... God of War é RPG e dos melhores, tem o XP e tudo mais. C deve ser caixista...

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  2. Oi amigo, somos de livre exercício de opiniões e gostaríamos de lhe convidar para editar uma matéria sobre o jogo God of War. Abraços.

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